Boca no Trombone!

Ônibus lotados em diversas linhas continuam preocupando petropolitanos que dependem do transporte coletivo

Ônibus lotado é uma reclamação antiga dos petropolitanos. Contudo, atravessando uma pandemia e com menos coletivos circulando, a situação se torna ainda mais preocupante para todos que dependem das linhas para se deslocarem até seus trabalhos.

A imagem que ilustra essa matéria foi enviada por uma leitora que usa a linha 300, pela manhã. Registros como o dela são frequentes, e por isso o assunto é uma pauta frequente na cidade (veja aqui uma outra matéria que já fizemos sobre isso).

Em nota, o Setranspetro informa que “todos os ônibus estão operando desde o início da pandemia, cumprindo as recomendações de saúde e governamentais. Ao longo de todo este período, até o mês de outubro deste ano, não houve qualquer aumento relevante na taxa de infecção do município, da forma como acontece agora. Para o Setranspetro, a chegada da segunda onda de contágio tem relação com a flexibilização das atividades sociais do município, como festas, confraternizações, além da superexposição da população nas eleições eleitorais.”

Entretanto, Petrópolis vive um grande aumento no número de casos de Covid, o que aumenta a preocupação para quem depende do transporte coletivo. Afinal, como manter o distanciamento preconizado pelos órgãos de saúde em ônibus lotados?

De acordo com o Setranspetro, “até o mês de outubro, o Sistema de Transporte totalizava menos de 1% de colaboradores infectados, mesmo com os ônibus circulando regularmente, desde o início da pandemia. O Setranspetro reforça que não há nenhum estudo que comprove risco superior de contágio nos ônibus. Inclusive, todos os coletivos em Petrópolis possuem renovação de ar 63% superior que a vazão exigida em ambientes fechados como supermercados e bancos, de acordo com a ABNT.”

Sobre o retorno de 100% da frota, o órgão reforça que “o Sistema de Transporte de Petrópolis enfrenta a maior crise econômica e financeira de todos os tempos, com prejuízo acumulado superior a R$ 36 milhões. Com demanda de passageiros de pouco mais de 65%, é inviável o restabelecimento total da frota, sob o risco de colapso e a paralisação total do serviço, de grande importância social, principalmente, em período de pandemia. Inclusive, a retomada de toda a frota é impossível, pois existem colaboradores do grupo de risco afastados por prevenção.

“Em Petrópolis, desde março, existem linhas de ônibus de grande procura operando com 80% e 100% da frota. Na média geral do sistema, a operação atual está com pouco mais que 75% da frota. Em contrapartida, a demanda de passageiros pagantes entre os meses de janeiro e novembro deste ano está 40% menor, se comparado ao mesmo período do ano anterior.”

O Setranspetro e as empresas de ônibus destacam a conscientização da população e a responsabilidade em não circular em horário de pico, se não for por necessidade. O Setranspetro também orienta que familiares instruam os idosos e pessoas do grupo de risco que evitem sair de casa, para não ter contato com outras pessoas, seja no ônibus, no supermercado, templos religiosos ou qualquer outra atividade.

Nos ônibus, todas as empresas seguem ampliando e intensificando, através de suas equipes de limpeza, os trabalhos de higienização em toda a frota em Petrópolis. Os procedimentos também acontecem nas garagens, terminais e pontos de ônibus com grande fluxo de pessoas. Além disso, assim como em qualquer ambiente no município, é obrigatório o uso de máscara de proteção respiratória nos coletivos.

Ainda com relação à higiene pessoal, é recomendado que o cliente utilize o cartão Riocard Mais como meio de pagamento de passagem, ao invés do dinheiro, visto que o cartão permite ser higienizado e diminui a propagação de vírus, bactérias e fungos. Durante o deslocamento no transporte público, é necessário que os passageiros mantenham abertas as janelas dos ônibus.

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