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Câmera flagra ação de homem durante incêndio de lixeira no Vale do Cuiabá

No ano, o prejuízo supera os R$ 70 mil.

Nesta semana, uma lixeira foi encontrada completamente destruída pela empresa Força Ambiental, que presta serviço ao município na coleta de lixo. O incidente foi registrado na Estrada União e Indústria, na altura de Corrêas. O equipamento, incendiado em um ato de vandalismo durante a madrugada, está longe de ser um caso isolado. Durante o feriado prolongado de Corpus Christi – ou seja, entre a última quinta-feira (3) e domingo (6) – quatro outras lixeiras foram destruídas. No ano, o prejuízo soma mais de R$ 70 mil.

Os outros equipamentos se encontravam no Vale do Cuiabá, no distrito de Itaipava. Em um desses casos, uma câmera de segurança de um imóvel da região flagrou a ação de um homem durante o incêndio de uma das lixeiras. Às 2h48 da madrugada de quinta-feira (3), o registro mostra ele se aproximando do equipamento. O homem faz um movimento em direção ao interior da caçamba e rapidamente o clarão das chamas se torna visível. O homem retira um objeto em chamas e o coloca à frente da lixeira. Depois em um ponto mais afastado, enquanto o incêndio segue também no interior do equipamento. Em seguida, vai embora. Toda a ação durou pouco mais de três minutos.

“Uma equipe da nossa secretaria percebeu a câmera localizada próxima à lixeira e conseguiu as imagens, que foram repassadas à Polícia Civil no registro realizado ainda no feriado”, destaca a secretária Serviços, Segurança e Ordem Pública – SSOP, Karina Bronzo, que ressalta ainda que o ato de vandalismo tem previsão no Código Penal (Art. 163). “Atos de vandalismo como estes podem gerar até seis meses de prisão e multa aos responsáveis, podendo aumentar em três anos por se tratar de dano ao patrimônio público”.

Atos de vandalismo crescem ao longo do ano

Em fevereiro, seis lixeiras foram destruídas na Rua Duarte da Silveira e na Rua João Xavier, na região do Bingen. No mês seguinte, os registros foram na Rua Amazonas (Quitandinha) e em Nogueira. Desta vez, dois casos a mais. Em abril, houve uma queda, dois casos registrados na Rua Bernardo Proença no Itamarati. Mas os casos voltaram a subir em maio, novamente oito casos (todos na Rua Ministro Salgado Filho, em Itaipava). Em junho, antes dos cinco casos registrados no feriadão, já haviam dois registros na Rua Irineu Correa, no Alto da Serra.

Os equipamentos destruídos nos últimos dias já estão sendo repostos, ao custo de R$ 2.331,80 cada. No ano, são 31 lixeiras destruídas. Um prejuízo de R$ 72.285,80. Em 2020, o prejuízo acumulado foi de R$ 156.240. O bairro com o maior número de casos registrados entre 2020 e 2021 é o Independência, que também é o mais populoso da cidade com 25 mil habitantes (segundo dados do último censo, realizado em 2010). O primeiro distrito – onde se concentra a maior parte da população da cidade – reúne também a maior parte dos casos. Dos 101 casos registrados desde o ano passado 75,25% aconteceram no primeiro distrito. Em toda a cidade essas lixeiras, que têm capacidade de armazenamento de até uma tonelada, somam 1,2 mil unidades. Elas são repostas imediatamente pela Força Ambiental, mas algumas vezes o prazo de substituição pode levar de dois a três dias.

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