Boca no Trombone!

[Boca no Trombone!] Demora em atendimento médico gera reclamações

A demora no atendimento médico continua sendo uma das principais queixas de petropolitanos que vão aos postos de saúde na cidade.

Nesta última segunda-feira (5), uma leitora, que prefere não ser identificada, relatou que chegou 12h45 à emergência da maternidade do Hospital Alcides Carneiro, e só foi atendida às 15h10.

Quando perguntados sobre a demora no atendimento, a secretaria de Saúde informou que vem investindo para melhorar o atendimento no Hospital Alcides Carneiro (HAC), proporcionando maior agilidade e conforto para os pacientes. Ainda de acordo com eles, o setor de emergência da maternidade conta diariamente com quatro plantonistas para o atendimento. Por dia, cerca de 50 mulheres são atendidas e aproximadamente 220 partos são realizados. Casos urgentes têm prioridade.

Porém, ainda segundo a nossa leitora, só havia dois médicos: um realizando cirurgias e a outra, atendendo.

upa de cascatinhaJá Ricardo Julio Paixão se queixou da demora na UPA de Cascatinha. “Fiquei quase três horas esperando ser atendido, com uma infecção e sentindo dor”, conta.

A resposta da Secretaria de Saúde foi que nas UPAs é a gravidade do caso e não a ordem de chegada que determina a rapidez com que o paciente será atendido. Por isso, casos que não são de urgência podem demorar mais a receber atendimento. Para determinar a urgência de cada caso, as UPAs utilizam uma “Classificação de Risco”, utilizada também por muitas unidades de urgência e emergência públicas e privadas. Com a classificação, quanto mais grave for o caso, maior será sua prioridade.  A classificação é feita por profissionais capacitados para este fim.

O leitor Mazinho Palles, por sua vez, nos enviou o seguinte relato: “Adriana de Jesus Veiga Mesquita, mãe de Caio Veiga Mesquita, que nasceu no dia 04 de dezembro de 2013, relata que seu filho se encontra internado há cinco meses na UTI Neonatal do Hospital Alcides Carneiro tentando se recuperar de algumas complicações pós-parto, e que sofre enquanto aguarda por 18 dias, um médico otorrino para verificar possíveis problemas que o impede de emitir qualquer tipo de som. Após ter contraído infecção após parto e passar por uma cirurgia no coração em um Hospital no Rio de Janeiro, o menino Caio Mesquita teve uma parada cardiorrespiratória que o deixou por mais de dez minutos desacordado. Caio passou por quatro meses respirando com ajuda de aparelhos e hoje ainda chora sem emitir qualquer tipo de som. Sofrendo ainda com a falta de um fisioterapeuta na UTI Neonatal e sem saber o que fazer e a quem recorrer, a família foi orientada pelos funcionários e médicos do próprio Hospital a recorrer na Justiça e em todo tipo de imprensa possível, pois caso contrário, a criança irá carregar sequelas gravíssimas durante toda sua vida”.

Já a prefeitura respondeu que a secretaria de Saúde está ciente do caso e tem dado toda a assistência necessária ao bebê que está se recuperando na UTI Neonatal do HAC, após complicações em cirurgia em outro hospital no Rio de Janeiro. O bebê necessita de um exame que não é oferecido pela rede – o nasofibrolaringoscopia – mas já está sendo providenciado pelo município e deve ser marcado nos próximos dias. Em relação à fisioterapia na UTI Neo Natal do HAC, a secretaria informou que também está providenciando os profissionais para atuarem no setor.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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