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Recentemente, recebemos o seguinte relato de uma leitora: “Na última semana, senti na pele o descaso em que está a saúde em Petrópolis. Será que a vida de um ser humano está sendo prioridade? Eliana Marques (35 anos), minha sobrinha, sofreu um AVC hemorrágico e ficou seis dias na UPA de Cascatinha esperando vaga em algum hospital. Precisamos obter uma liminar pra fazer a transferência dela pra um hospital. A liminar obrigava o Santa Teresa a recebê-la, mas o HST recusou. O Alcides Carneiro a recebeu um pouco tarde demais. A vida dela já se esvaía, talvez porque Deus quis assim, como muitos falaram, mas para mim foi negligência médica. Sou uma leiga no assunto,mas seis dias com AVC hemorrágico, com apenas uma toalha molhada na testa, foi a sentença de morte dela.”
Em nota, a secretaria de Saúde lamenta o ocorrido e ressalta que irá apurar com rigor a denúncia. “A secretaria informa que a paciente deu entrada na UPA Cascatinha no dia 11/10. No dia 12/10, após o resultado dos exames, a Central de Regulação de Vagas entrou com pedido de transferência para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Enquanto aguardava a vaga, ela recebeu toda a assistência necessária na sala vermelha, onde a paciente tinha à disposição os principais recursos de uma UTI. No dia 16/10, a paciente foi transferida para a UTI do Hospital Alcides Carneiro (HAC) e continuou sendo avaliada permanentemente, recebendo toda a assistência necessária enquanto aguardava a liberação médica para a cirurgia, que deveria acontecer no Hospital Santa Teresa (HST). A paciente faleceu no dia 21/10.
“A Secretaria ressalta que vem trabalhando para aumentar a quantidade de leitos de UTI na cidade. Entre as ações está a ampliação do HMNSE, que passará de sete para 10 leitos. As obras já começaram. Consciente da importância do setor de saúde para a cidade, a Prefeitura destaca que vem investindo mais que o dobro do que prevê a lei na área (um total superior a 30% do orçamento). Atualmente, o município já financia quase 60% do sistema de saúde público na cidade. Estado e União dividem o restante.”